terça-feira, 29 de abril de 2008

Museu da Liberação Animal - é o PETA em ação



Eu ainda não consegui terminar o meu tour pelo fantástico museu virtual que o PETA fez em defesa da causa animal. Mas já quero postar aqui meu convite a todos (que falam inglês) para visitarem o site. É muito bem feito, tecnologia web de primeira e o conteúdo é de tirar o fôlego.
Adorei. Visite e indique um amigo ao final. É só clicar aqui para estar dentro do museu.

Prometo dar mais detalhes ao final da visita para aqueles que não falam a língua de Shakespeare.

Pilhas e óleo de cozinha, recicle com as empresas


Sabe aquele celular velho que você quer dar para seu sobrinho brincar? Antes, retire a bateria e junte com todas as pilhas velhas da casa. O Banco Real está recolhendo pilhas e baterias usadas. Com esta ação, o banco está evitando a contaminação dos nosso lençóis freáticos. Nesta onda de "marketing verde", até que o Banco Real está fazendo um belo trabalho. E a comunicação tem sido muito bonita e eficiente.

Outra empresa empenhada em entrar na onda verde é o Pão de Açúcar, que além de reciclar vidro, alumínio, metal e plástico, agora vai reciclar óleo de cozinha. Bom, eles vão encaminhar para cooperativas de reciclagem, assim como faz o Banco Real. A idéia é maravilhosa, mesmo que tardia. Pois um litro de óleo consegue poluir um milhão de litros de água, o que equivale 14 anos de consumo de água de uma pessoa adulta. Aliás, já parou para pensar na quantidade de água que se consome durante uma vida inteira? É bom controlar o uso, não vai sobrar muito para nossos filhos.

Já que as empresas resolveram buscar o marketing ambiental como estratégia de vendas, aproveite para usar os serviços úteis, mesmo que você não queira abrir conta naquele banco ou ache os preços daquele mercado caro demais, como eu. A verdade é que as empresas perceberam que o governo consegue falhar também nesse ponto e aproveitam o furo para conquistar a simpatia do freguês. Pra muita gente, é mais fácil encontrar 15 agências do Banco Real na rota casa-trabalho-casa do que achar postos de coletas de pilha. Quiçá de óleo de cozinha! Já viu algum ponto na Av. Brasil "recolhemos seu óleo de cozinha"??? Então, aproveite mais uma vez o Verde S.A.

Eu raramente uso óleo para fritar alguma coisa, mas prometo fazer a minha parte no Natal depois de fritar as tradicionais rabanadas. Mas se você usa com mais freqüência do que eu, não vai dar para ficar guardando até o Natal chegar para saber como se leva o óleo usado para o mercado. Então, anota aí que é muito fácil. Dá até pra ensinar pra sua vó que adora fazer bolinhos de chuva:
depois da fritura, espere o óleo esfriar. Despeje todo o conteúdo em uma garrafa PET transparente e feche bem. Leve no Pão de Áçucar mais próximo e deposite no coletor de cor marron. O Pão de Áçúcar que você foi não tem o coletor ainda? Que absurdo! Ligue para o SAC e exiga um com urgência: 0800-7732-732. Anunciou, tem que cumprir.

O mais importante é que ninguém mais jogue óleo de cozinha no esgoto, nem pilha, no lixo orgânico. Espalhe a idéia, é muito simples!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Aparelhos "orgânicos"

Vou publicar uma matéria na íntegra do Valor Ecnômico, escrita por Claudia Facchini.

Em todo o mundo, as pessoas se preocupam cada vez mais com a qualidade dos alimentos que levam à mesa, optando por consumir produtos livres de agrotóxicos. Agora, nos países do primeiro mundo pelo menos, mais pessoas querem saber se os equipamentos eletrônicos que estão na sala, nos quartos e na cozinha podem fazer mal à saúde ou ao meio-ambiente. Motivos para se preocupar não faltam.
Os aparelhos - televisores e DVDs por exemplo - podem conter substâncias nocivas, como chumbo, mercúrio e cadmium, metais pesados que ainda são utilizados por algumas empresas no processo de fabricação. Outro ponto de atenção é o consumo de energia. Um televisor convencional de plasma consome quase três vezes mais energia do que o antigo televisor de tubo.
Um recente estudo publicado pela Deloitte nos Estados Unidos, no qual a firma de consultoria traça as tendências para a indústria de tecnologia, afirma que a sala de estar pode se transformar em um dos maiores inimigos da economia de energia - e, consequentemente, da emissão de gás carbônico - devido à proliferação dos equipamentos domésticos, como PCs, gravadores de DVD e videogames.
O instituto Energy Saving Trust, dos EUA, prevê que os aparelhos de informação, comunicação e entretenimento poderão responder por 50% do consumo residencial de energia por volta de 2020. Entre 1980 e 2005, a participação dos eletrônicos na conta de luz dos americanos triplicou - saltou de 5% para 15%. No Brasil, estima-se que os televisores respondam por 10% do gasto de energia das residências.
Pressionadas pelos consumidores e também pelos acionistas, as grandes indústrias já estão se movimentando há alguns anos e passaram a investir em tecnologias alternativas, mais ecológicas. Marcas como a japonesa Sony e a holandesa Philips vêem ainda a oportunidade de atrair clientes ao oferecer aparelhos eletrônicos "verdes" ou "orgânicos", seguindo uma estratégia semelhante à utilizada pela indústria de alimentos. O que mostra que tecnologia e design deixaram de ser os únicos atributos de marketing dos eletrônicos .
No Japão, a Sony lançou recentemente uma linha de televisores "orgânicos" (foto acima). Os gabinetes dos aparelhos são feitos com plástico vegetal - o produto é derivado do milho e não do petróleo.
A Philips lançou a Eco TV, que foi eleita o melhor produto da Consumer Electronic Show (CES) de 2008, o maior evento da indústria no mundo, realizado em Las Vegas no início de janeiro. O televisor traz uma nova tecnologia desenvolvida pela Philips, que reduz o consumo de energia sem comprometer a qualidade da imagem. Um sensor embutido mede automaticamente a luz ambiente da sala e ajusta a luz de fundo do televisor.
Além disso, a Eco TV é feita com matérias-primas que causam baixo impacto ao meio ambiente. Tanto sua embalagem como os manuais utilizam papel reciclado. O produto começará a ser comercializado no mundo a partir de março, mas, segundo informou a Philips no Brasil, ainda não há uma previsão para o seu lançamento no país. A Sony também não consegue prever quando os televisores "orgânicos" começarão a ser comercializados no Brasil.
Em entrevista ao Valor, Barbara Kux, presidente do Conselho de Sustentabilidade da Philips, a maior fabricante de eletrônicos de consumo da Europa, afirma que a maior preocupação dos consumidores ainda recai sobre o uso de energia dos aparelhos. "As pessoas sempre se preocupam mais com o que pesa no bolso", acrescenta. A multinacional holandesa lançou televisores de LCD que consomem 35% menos energia do que os modelos anteriores ou do que os modelos fabricados pelos concorrentes.
Mas, segundo Kux, a Philips também vem implementando iniciativas em outras frentes, como reciclagem. Nos EUA, a empresa foi premiada pelo Wal-Mart por uma campanha em que incentivava o consumidor a entregar seu televisor antigo na compra de um LCD de 32 polegadas. A Sony também implementou em San Diego, nos Estados Unidos, uma unidade de reciclagem de produtos eletrônicos.
No Brasil, porém, essa ainda é uma realidade distante. Como existe uma carência muito grande por tecnologia no país, o descarte dos aparelhos e o lixo eletrônico não têm a mesma dimensão que possuem nos países ricos.
Segundo Barbara Kux, a Philips estabeleceu como meta gerar 30% do seu faturamento com a venda de "produtos verdes". Isto envolve as três divisões do grupo holandês: iluminação (lâmpadas), saúde (equipamentos médicos) e estilo de vida (aparelhos eletrônicos e de cuidados pessoais). Em 2007, as vendas dos "produtos verdes" cresceram 33%, alcançando 5,3 bilhões de euros, ou o equivalente a 20% do faturamento do grupo.
Alexandre Kadota, executivo da Sony responsável pela gestão ambiental no Brasil, conta que a empresa adotou em 2002 um rígido programa de gerenciamento das substâncias utilizadas no processo de produção e que envolve também os seus fornecedores. A companhia eliminou os metais pesados, como cadmium, mercúrio e chumbo, que era utilizado nas soldas e em pigmentos das resinas plásticas, por exemplo. Nas caixas acústicas, a Sony também substituiu o uso de PVC por outros plásticos menos nocivos ao meio-ambiente.
"O PVC está com seus dias contados", afirma Kadota. Nas embalagens, a empresa também trocou o isopor que protegia as mercadorias por um produto feito de polpa de papelão. "O consumidor geralmente não sabe o que está dentro dos equipamentos", diz Kadota. Mas a pressão dos acionistas para que as empresas mudem a sua forma de agir é cada vez maior. "Ninguém quer investir em uma companhia que prejudique o meio ambiente".

Voltei!

Depois de um período turbulento, volto a registrar algumas notícias da sociedade verde no planeta. Espero ter tempo para continuar o trabalho.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

E dá-lhe sheik!

Extraí direto do JB:
"Emirados Árabes terão cidade sem emissão de CO2
Agência AFP
ABU DHABI - O rico emirado de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, iniciará, em fevereiro, a construção da primeira cidade no mundo desenhada para funcionar com nível zero de emissões de gás carbônico. Na Masdar City - que funcionará exclusivamente com fontes de energia renováveis, como a solar, graças ao sol constante do deserto do emirado - seus aproximandamente 50 mil habitantes vão circular em meios de transporte automáticos."

É impressionante o investimentos que os sheiks estão fazendo em Abu Dhabi. Os Emirados Árabes serão o centro do mundo em muito poucos anos. Basta ver pelas propostas culturais (novos Guggeinhein e Louvre, por exemplo) e empreendimentos imobiliários que estão surgindo naquelas terras. A melhor notícia, é que apesar de tanta ostentação e ouro, eles também pensaram em fontes renováveis de energia.

Dias de inverno no verão brasileiro


Vale a pena o registro deste fenômeno. Alguém convidou o inverno para passar o verão no país. E juro que não fui eu. Esses últimos dias registraram temperaturas muito mais baixas do que a esperada para este período do ano. Curitiba chegou a ter o dia mais frio de verão nos últimos 10 anos. São Paulo registro 13º; Rio, 16º. Passei a semana usando casaco e meia, chuveu forte por dias. Compramos um guarda-chuva novo para a casa, em janeiro!!! Os camelôs de guarda-chuvas nas ruas estavam felizes com o aumento das vendas.

Tenho o costume de entrar na página do Climatempo diariamente para saber quando vai estar sol (sim, eu sou louca por sol e praia). Mas este frio invernal em pleno verão me deixou tão desesperada, que acabei escrevendo para eles. Perguntei se eles poderiam me informar o que estava acontecendo, socorro!!! Para minha surpresa, recebi uma resposta muito atenciosa da Fabiana Weykamp, meteorologista do Climatempo, que me autorizou a publicar sua resposta aqui no blog:

"Olá Flávia, Meu nome é Fabiana e sou meteorologista da Climatempo. Realmente o Rio de Janeiro tem tido dias de outono/inverno em pleno verão. Segundo os dados das estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia, do dia 21 até o dia 28 deste mês, a média de temperatura máxima da cidade do Rio ficou em apenas 23,8C. Do dia 01 ao dia 20 a média foi de 34,7C, para você ver a grande diferença. Existem dois fatores que ocasionaram essa queda brusca na temperatura. Primeiro, uma frente fria que chegou há vários dias ao Sudeste do Brasil, está no mar praticamente parada ao largo da costa da Região. Esse sistema em conjunto com áreas de instabilidade tropicais, organizou a formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Este fenômeno é comum de ocorrer no verão e é caracterizado por uma grande faixa de nuvens carregadas que se estende desde o Atlântico até o sul do Amazonas (olhar imagens de satélite). O impacto deste sistema é de provocar bastante chuva, por vários dias, na região abrangida pelo mesmo. O céu nublado e a chuva, naturalmente já ocasionam em uma diminuição da temperatura. Mas um outro fator de grande importância, foi a chegada de uma massa de ar polar muito forte para esta época do ano. Toda frente fria vem sempre acompanhada de uma massa de ar polar, mas a última que chegou tinha padrões muito atípicos para o verão. Os valores de pressão no centro deste sistema podem ser comparados aos valores observados no inverno. Este sistema também ficou praticamente parado ao largo da costa do Sudeste e o vento está persistente soprando do mar para o continente e levando ar frio para o Rio de Janeiro, São Paulo e o centro-sul de Minas Gerais. Portanto, a falta de sol e o vento frio dessa massa polar, foram os responsáveis por esta queda muito acentuada na temperatura da capital fluminense. Nos dias 22 e 23 de fevereiro, a temperatura mínima registrada na cidade do Rio, foi de apenas 16,6C. Em uma estação meteorológica da zona sul de São Paulo, os termômetros chegaram a marcar apenas 13,8C, temperatura esta completamente anormal para esta época. Bom, mas o que aconteceu para uma massa polar chegar tão forte assim???? Nós estamos vivenciando um período de La Niña, que é o resfriamento das águas do Pacífico Equatorial. A relação entre oceano e atmosfera é algo muito forte. Portanto, uma diminuição (ou elevação) na temperatura da superfície do mar provoca alterações em algumas variáveis atmosféricas, o que pode estar relacionado com a intensificação das massas de ar polar. Bom, ainda é necessário pesquisas e avaliações sobre a relação entre estes fenômenos, ou outros aspectos relacionados a Mudanças Climáticas. Espero ter ajudado um pouco. Abs,Fabiana."

Resposta simpática e elucidativa. Claro que não me deixou mais feliz, pois o frio continua. Hoje abriu um sol e as temperaturas já subiram um pouco. Segundo a página do Climatempo, as temperaturas hoje podem chegar a 35ºC (o que eu duvido). A pior notícia é que tem previsão de nova frente fria. E pior ainda: hoje é véspera de carnaval! Quem mandou adiantarem tanto e festa?

Aproveito para deixar registrado aqui o meu parabéns ao Climatempo pela excelente prestação de serviço à sociedade. E a Fabiana, pela atenção (e calma) com minha pergunta desesperada sobre este tempo doido.

O mais importante é a certeza que temos que o meio ambiente precisa de socorro. As mudanças climáticas em decorrência do descaso do homem com a natureza estão nos abalando cada dia mais forte. É mais uma alerta.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Não a Angra 3 - novamente

Esta é mais uma ação contra a Usina Nuclear de Angra 3, desta vez, promovida pela SOS Mata Atlântica. Se você já assinou o do Greenpeace, aproveite para assinar esta.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Pintura Ecológica? Sim é possível!

A cidade de Viçosa no estado de MG, está adotando a pintura ecológica como um solução barata e de muito bom gosto para pintar as paredes das casas. Vale a pena conferir e torcer para que isso se torne uma realidade. Veja o vídeo aqui.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Como transformar sua casa em um ambiente ecologicamente correto?

As opções para ter uma casa ecológica ainda são caros e de difícil acesso. Mas a medida que isso se torna cada vez mais uma necessidade, os preços vão diminuir. Você pode fazer um orçamento com a EcoCasa, que tem diversas soluções para tratamentos de água e esgoto, energias renováveis e arquitetura natural.

Aqui em casa o nosso sonho é começar por um sistema de captação e aproveitamento da água de chuva e ter energia solar. Só pra começar.

Os 8 Objetivos do Milênio - só para não esquecer

Essa é a Declaração do Milênio, assinada pelos países da ONU (e o Brasil faz parte deste comprometimento). Não custa nada lembrar:

Os 8 jeitos de mudar o mundo são:

1) Acabar com a fome e a miséria
2) Educação básica de qualidade para todos
3) Igualdade entre sexos e valorização da mulher
4) Reduzir a mortalidade infantil
5) Melhorar a saúde das gestantes
6) Combater a AIDS, a malária e outras doenças
7) Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente
8) Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento

Diga Não a Angra 3!!!!

Pessoas de bem e sonham sempre com o bem!

O Greenpeace Brasil está fazendo um abaixo assinado contra a contrução da usina nuclear Angra 3. Como todos sabem, usina nuclear além de ser um gerador de energia completamente ultrapassado, custa o olho da cara e é altamente perigoso. Se por um acaso acontecer um acidente nas mesmas proporções de Chernobyl, em 1986 na URSS (atual Russia) ou Césio 137 que ocorreu no estado de Goiás em 1988 e contaminou mais de 20 mil pessoas, nas duas usinas que existe no Brasil, podem ter certeza que nem adianta correr, ficaremos com a boca escancarada, cheia de dentes esperando a morte chegar...

Vamos seguir o exemplo de países que são realmente desenvolvidos como a Espanha, Alemanha e Suécia e que estão abandonando a energia nuclear.
Assine aqui.

Desafie a indústria de computadores

O Greenpeace internacional tem uma campanha excelente, que achei divertida no início, mas é séria. O computador verde ainda é um sonho. E após o lançamento do MacBook Air, este sonho começa a ficar mais perto. Mas como ainda é longe do ideal, o Greenpeace lançou uma campanha para desafiar as indústrias de computador a produzirem uma máquina que respeite o meio ambiente.
Acesse a página e colabore. A sua carta vai diretamente para os CEOs das grandes companhias, incluindo o todo-poderoso Steve Apple Jobs.

Não conhece o MacBook Air ainda? Vou publicar um post sobre ele.

Desmatamento Zero


Falando em Greenpeace, já aderiu a Campanha Pelo Desmatamento Zero? Eu assinei logo no início e enviei para toda a minha lista de contatos. Meus amigos já estão acostumados a receber meus e-mails cyberativistas e vários colaboram (valeu, galera!). Mas se você ainda não participou, é rapidinho. Acesse o link e preencha o cadastro. O hotsite é super legal e ao final, você entra na corrente como um desses bonequinhos da imagem ao lado. E ainda pode ver quem são os outros bonequinhos. O abaixo-assinado tem uma introdução que explica o problema que vale a pena ser vista. Invista 5 minutinhos do seu dia para ler, entender e divulgar. Quase 6.000 pessoas já estão na corrente.

T de Transgênico!



Atenção! Quem se deparar agora com este selo em alguma pet de óleo vai estar diante de mais uma vitória do Greenpeace. Significa que o óleo foi produzido com soja geneticamente modificada, ou seja, transgênica.

A boa notícia vem do próprio site do Greenpeace Brasil (www.greenpeace.org.br). Em 2005, a entidade entrou com uma denúncia e teve apoio do Ministério Público de São Paulo. Após anos de luta, a Bunge e a Cargill, maiores produtoras de óleo de soja do país (como Liza e Soya) foram obrigadas a usar o selinho paga-mico.

Existem diversas leis municipais e estaduais diferentes sobre o assunto. No estado do Acre é proibida a venda de qualquer produto que contenha transgênico. E acreditem, no Rio de Janeiro será obrigatório para supermercados e até botequins (!!!) avisarem da comercialização ou utilização desses produtos. Agora basta saber se os pés-sujos do Rio que vendem frituras como água no deserto vão cumprir a lei. Se a moda pega, até barraquinha de X-Tudo (:P) vai ter que colocar um aviso ao lado da "praquinha" do "x-burg". Tomara que dê certo!

Parabéns ao Greenpeace Brasil por mais uma vitória! Vamos agurdar para que a lei seja cumprida, pois existem dezenas de produtos que precisam ser rotulados.

Greenwash, a propósito

Esqueci de comentar. Tem muita gente que ainda não conhece, mas vai ouvir falar. O termo Greenwash está sendo usado mundo afora para designar empresas que parecem ser verdes, mas não são. Como o marketing verde tornou-se extremamente lucrativo para as empresas, muitas têm usado apelos ambientais para abocanhar uma fatia de mercado mais consciente e levar junto aqueles que gostam de seguir as tendências dos mais "antenados". Diversas empresas estão pegando carona neste moda (ou modismo?) e fazendo a "lavagem verde". Saber maiores informações sobre a empresa ainda é a única arma para termos a certeza da propaganda enganosa.

Alguém aí lembra do Denorex? É isso, greenwash.

Postei duas matérias no tópico Marketing sobre o assunto. Fico envergonhada de ser publicitária, às vezes...

Tem que ser caro por ser "vegan"?

Continuando na minha inspiração fashion do dia, achei uma estilista vegan que vende sapatos em seu site com o "desafio" de achar "materiais alternativos". Não achei os materiais alternativos, mas vender sapatos a 295 dólares é uma maneira alternativa de enriquecer rápido a custa de greenwash. Ou seja, parece verde mas não é.



Dá uma olhada na coleção.

Tem até sapatilha de cetim por 185 dólares. Na Alfândega tem umas lindas por 12. Reais.

Alerta na moda

Em meio a desfiles marcados por modelos milionárias, algumas grifes se destacaram por uma mensagem a favor do planeta, na São Paulo Fashion Week 2008. A Cavalera conseguiu mídia espontânea em todos os veículos de comunicação pela ousadia de levar modelos, convidados e jornalistas para as margens do Rio Tietê. O rio, símbolo do grande caos urbano da maior cidade do país, se tornou o maior destaque do dia. Outra tendência foi a reciclagem de roupas. A Cavalera usou roupas de coleções passadas e transformou em novas peças. Repensar e reusar, pontos essenciais para os dias de hoje.

A estilista Glória Coelho criou modelos de casacos "de pele" sintéticos, fortalecendo o discurso politicamente correto em prol dos animais e da natureza. Mesmo que tímida, as mensagens das grifes valem como tendência e advertência para sociedade. Fica o recado.


Fotos: Alex Silva/Agência Estado e Flavio Moraes - G1

domingo, 20 de janeiro de 2008

Verde de mentira

Às vezes publico no blog matérias interessantes de outras pessoas por achar que elas falam sozinhas. Sem comentários para esta matéria...

Muitas empresas usam a propaganda para mascarar um desempenho ambiental fraco e ludibriar o consumidor com anúncios mentirosos

John Elkington*


Uma das experiências mais interessantes disponíveis na internet é a tradução automática. Quando a testamos com a palavra inglesa "greenwash", a expressão em português sugerida foi "lavagem verde", que pareceu comprometer seu sentido. Em inglês, o termo greenwash é uma mistura de green e whitewash, sendo que este último é uma espécie de tinta branca barata aplicada na fachada de casas. A expressão costuma ser usada por ambientalistas para se referir ao que eles entendem como propaganda corporativa que tenta mascarar um desempenho ambiental fraco. Agora, há uma preocupação crescente. Corporações estão usando freneticamente latas de greenwash, o que traz conseqüências graves à credibilidade de todo o campo da comunicação ligada à sustentabilidade.
Já passaram 20 anos desde que lançamos a SustainAbility, com livros como Capitalismo Verde, de 1987, e O Guia do Consumidor Verde, de 1988, que estimulam a difusão do pensamento ambiental no circuito de negócios. A publicidade e o marketing logo entraram na roda, às vezes fazendo afirmações absurdas sobre os prodígios ambientais de vários produtos. Numa das propagandas que ficaram na memória, uma empresa automobilística argumentava que, graças ao fato de o carro usar um novo combustível sem chumbo, o motorista ajudaria a salvar a camada de ozônio. Pode ser que eles soubessem algo sobre a química atmosférica que os cientistas desconheciam, mas é provável que estavam, simplesmente, divulgando sua ignorância.
Informações enganosas têm o potencial de prestar um enorme desserviço à causa ambiental. Elas confundem consumidores e geram ceticismo, fornecendo a muitas pessoas um álibi para não fazer nada. Esse processo de desinformação anula uma força motriz importante que poderia levar varejistas e fabricantes a melhorar seu desempenho. Embora muitos consumidores europeus e americanos estejam hoje um pouco mais conscientes, o risco de desorientação continua significativo.

O que fazer? Recentemente nos associamos ao setor de publicidade europeu e ao Programa Ambiental das Nações Unidas. O objetivo é analisar os riscos e as oportunidades para agências e clientes. O relatório final, Opportunity Space, observou que "a maioria dos governos e empresas foi malsucedida em suas tentativas de divulgar esses novos programas de ação a eleitores, cidadãos e consumidores".
O relatório também destacou as melhores campanhas publicitárias do gênero, incluindo as realizadas por DuPont e Shell, e agora acrescentaríamos as campanhas elaboradas por empresas como General Electric e a rede de varejo Marks & Spencer. Porém, quanto mais investirmos na divulgação de problemas e soluções relacionados à sustentabilidade, maior será o risco de cometer erros. Por isso, qualquer profissional envolvido com publicidade, marketing e vendas realmente precisa se assegurar de que suas campanhas - por mais espetaculares que sejam - passem no teste do greenwash.

* com Jodie Thorpe, gerente do programa da SustainAbility para Economias Emergentes; John Elkington é fundador da SustainAbility

Fonte: Época Negócios

Projetos dos bancos em defesa do meio ambiente são só marketing

Cada vez mais, empresas procuram associar seus produtos e marcas a ações sociais e de defesa do meio ambiente. O objetivo é sensibilizar os consumidores e construir uma imagem de ''empresa responsável''. Entretanto muitas delas, como os bancos, não possuem de fato ações que apresentem resultados relevantes. Na verdade, empresários estão transformando tímidas ações socioambientais em gigantescas campanhas de marketing.


Segundo Gustavo Pimentel, gerente de Eco-Finanças da Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), a prática é conhecida como greenwash, que significa “maquiagem verde”. Segundo ele as empresas “não têm a mínima intenção de ser, mas apenas de parecer”.


Sustentabilidade


A prática tem sido bastante utilizada no setor financeiro. O Unibanco, em sua mais nova campanha, resumiu que “para investir em sustentabilidade, o Unibanco escolheu investir no jovem. Porque tudo que você investe no jovem gera retorno”. O comercial, veiculado por grandes emissoras de televisão, termina sem apresentar nenhuma ação, projeto realizado ou qualquer resultado. Apesar disso, o banco diz investir em sustentabilidade há 25 anos.


O HSBC preserva áreas de florestas do sul do país para compensar o gás carbônico emitido no dia a dia pelos veículos e casas de seus clientes de seguros. No entanto, a preservação não induz o cliente a reduzir suas emissões, ou aplicar descontos no seguro de acordo com o nível de emissões. Da mesma forma funciona o fundo de renda fixa Itaú Ecomudança, que doa parte da taxa de administração para a neutralização de carbono do investidor. A página do fundo indica quanto é necessário investir para neutralizar todas as emissões individuais: “caso você não disponha do total do valor sugerido para a aplicação, invista parte dos seus recursos no Fundo Itaú Ecomudança RF e pense como pode mudar seus hábitos para reduzir as suas emissões”.


“Trata-se tecnicamente de um análogo da ‘indulgência’, ferramenta desenvolvida pela igreja durante a era medieval para inspirar a adesão dos cidadãos de posse. Incidentalmente, para os cidadãos sem posse havia a fogueira”, afirma o empreendedor de negócios sustentáveis Ricardo Peres.


Já o Bradesco, que segundo a consultoria Interbrands possui uma das marcas mais valiosas do país, acabou de lançar o “Banco do Planeta”, uma ação para aglutinar suas iniciativas socioambientais, com grande campanha publicitária na TV, rádio, jornais e revistas. “O Bradesco usa a sustentabilidade como estratégia de marketing, ao invés de inseri-la paulatinamente nos negócios”, comenta Pimentel.


Na prática


A rede internacional de ONGs BankTrack que monitora o setor financeiro, lançou em dezembro o relatório Mind the Gap, que avalia a jornada dos bancos rumo à sustentabilidade. Foram analisados 45 bancos de todos os continentes, inclusive os brasileiros Banco do Brasil, Bradesco e Itaú. Os dados mostram que, na prática, as ações dos bancos são ínfimas, apesar de terem avançado com relação ao último levantamento, em 2006. Na verdade, as ações socioambientais dos bancos são meros factóides.


Fonte: Bancários do Rio

Iniciando

Fica aqui registrado um grande desejo por uma sociedade mais consciente, capaz de optar sempre por um caminho a favor do planeta.