terça-feira, 29 de abril de 2008

Museu da Liberação Animal - é o PETA em ação



Eu ainda não consegui terminar o meu tour pelo fantástico museu virtual que o PETA fez em defesa da causa animal. Mas já quero postar aqui meu convite a todos (que falam inglês) para visitarem o site. É muito bem feito, tecnologia web de primeira e o conteúdo é de tirar o fôlego.
Adorei. Visite e indique um amigo ao final. É só clicar aqui para estar dentro do museu.

Prometo dar mais detalhes ao final da visita para aqueles que não falam a língua de Shakespeare.

Pilhas e óleo de cozinha, recicle com as empresas


Sabe aquele celular velho que você quer dar para seu sobrinho brincar? Antes, retire a bateria e junte com todas as pilhas velhas da casa. O Banco Real está recolhendo pilhas e baterias usadas. Com esta ação, o banco está evitando a contaminação dos nosso lençóis freáticos. Nesta onda de "marketing verde", até que o Banco Real está fazendo um belo trabalho. E a comunicação tem sido muito bonita e eficiente.

Outra empresa empenhada em entrar na onda verde é o Pão de Açúcar, que além de reciclar vidro, alumínio, metal e plástico, agora vai reciclar óleo de cozinha. Bom, eles vão encaminhar para cooperativas de reciclagem, assim como faz o Banco Real. A idéia é maravilhosa, mesmo que tardia. Pois um litro de óleo consegue poluir um milhão de litros de água, o que equivale 14 anos de consumo de água de uma pessoa adulta. Aliás, já parou para pensar na quantidade de água que se consome durante uma vida inteira? É bom controlar o uso, não vai sobrar muito para nossos filhos.

Já que as empresas resolveram buscar o marketing ambiental como estratégia de vendas, aproveite para usar os serviços úteis, mesmo que você não queira abrir conta naquele banco ou ache os preços daquele mercado caro demais, como eu. A verdade é que as empresas perceberam que o governo consegue falhar também nesse ponto e aproveitam o furo para conquistar a simpatia do freguês. Pra muita gente, é mais fácil encontrar 15 agências do Banco Real na rota casa-trabalho-casa do que achar postos de coletas de pilha. Quiçá de óleo de cozinha! Já viu algum ponto na Av. Brasil "recolhemos seu óleo de cozinha"??? Então, aproveite mais uma vez o Verde S.A.

Eu raramente uso óleo para fritar alguma coisa, mas prometo fazer a minha parte no Natal depois de fritar as tradicionais rabanadas. Mas se você usa com mais freqüência do que eu, não vai dar para ficar guardando até o Natal chegar para saber como se leva o óleo usado para o mercado. Então, anota aí que é muito fácil. Dá até pra ensinar pra sua vó que adora fazer bolinhos de chuva:
depois da fritura, espere o óleo esfriar. Despeje todo o conteúdo em uma garrafa PET transparente e feche bem. Leve no Pão de Áçucar mais próximo e deposite no coletor de cor marron. O Pão de Áçúcar que você foi não tem o coletor ainda? Que absurdo! Ligue para o SAC e exiga um com urgência: 0800-7732-732. Anunciou, tem que cumprir.

O mais importante é que ninguém mais jogue óleo de cozinha no esgoto, nem pilha, no lixo orgânico. Espalhe a idéia, é muito simples!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Aparelhos "orgânicos"

Vou publicar uma matéria na íntegra do Valor Ecnômico, escrita por Claudia Facchini.

Em todo o mundo, as pessoas se preocupam cada vez mais com a qualidade dos alimentos que levam à mesa, optando por consumir produtos livres de agrotóxicos. Agora, nos países do primeiro mundo pelo menos, mais pessoas querem saber se os equipamentos eletrônicos que estão na sala, nos quartos e na cozinha podem fazer mal à saúde ou ao meio-ambiente. Motivos para se preocupar não faltam.
Os aparelhos - televisores e DVDs por exemplo - podem conter substâncias nocivas, como chumbo, mercúrio e cadmium, metais pesados que ainda são utilizados por algumas empresas no processo de fabricação. Outro ponto de atenção é o consumo de energia. Um televisor convencional de plasma consome quase três vezes mais energia do que o antigo televisor de tubo.
Um recente estudo publicado pela Deloitte nos Estados Unidos, no qual a firma de consultoria traça as tendências para a indústria de tecnologia, afirma que a sala de estar pode se transformar em um dos maiores inimigos da economia de energia - e, consequentemente, da emissão de gás carbônico - devido à proliferação dos equipamentos domésticos, como PCs, gravadores de DVD e videogames.
O instituto Energy Saving Trust, dos EUA, prevê que os aparelhos de informação, comunicação e entretenimento poderão responder por 50% do consumo residencial de energia por volta de 2020. Entre 1980 e 2005, a participação dos eletrônicos na conta de luz dos americanos triplicou - saltou de 5% para 15%. No Brasil, estima-se que os televisores respondam por 10% do gasto de energia das residências.
Pressionadas pelos consumidores e também pelos acionistas, as grandes indústrias já estão se movimentando há alguns anos e passaram a investir em tecnologias alternativas, mais ecológicas. Marcas como a japonesa Sony e a holandesa Philips vêem ainda a oportunidade de atrair clientes ao oferecer aparelhos eletrônicos "verdes" ou "orgânicos", seguindo uma estratégia semelhante à utilizada pela indústria de alimentos. O que mostra que tecnologia e design deixaram de ser os únicos atributos de marketing dos eletrônicos .
No Japão, a Sony lançou recentemente uma linha de televisores "orgânicos" (foto acima). Os gabinetes dos aparelhos são feitos com plástico vegetal - o produto é derivado do milho e não do petróleo.
A Philips lançou a Eco TV, que foi eleita o melhor produto da Consumer Electronic Show (CES) de 2008, o maior evento da indústria no mundo, realizado em Las Vegas no início de janeiro. O televisor traz uma nova tecnologia desenvolvida pela Philips, que reduz o consumo de energia sem comprometer a qualidade da imagem. Um sensor embutido mede automaticamente a luz ambiente da sala e ajusta a luz de fundo do televisor.
Além disso, a Eco TV é feita com matérias-primas que causam baixo impacto ao meio ambiente. Tanto sua embalagem como os manuais utilizam papel reciclado. O produto começará a ser comercializado no mundo a partir de março, mas, segundo informou a Philips no Brasil, ainda não há uma previsão para o seu lançamento no país. A Sony também não consegue prever quando os televisores "orgânicos" começarão a ser comercializados no Brasil.
Em entrevista ao Valor, Barbara Kux, presidente do Conselho de Sustentabilidade da Philips, a maior fabricante de eletrônicos de consumo da Europa, afirma que a maior preocupação dos consumidores ainda recai sobre o uso de energia dos aparelhos. "As pessoas sempre se preocupam mais com o que pesa no bolso", acrescenta. A multinacional holandesa lançou televisores de LCD que consomem 35% menos energia do que os modelos anteriores ou do que os modelos fabricados pelos concorrentes.
Mas, segundo Kux, a Philips também vem implementando iniciativas em outras frentes, como reciclagem. Nos EUA, a empresa foi premiada pelo Wal-Mart por uma campanha em que incentivava o consumidor a entregar seu televisor antigo na compra de um LCD de 32 polegadas. A Sony também implementou em San Diego, nos Estados Unidos, uma unidade de reciclagem de produtos eletrônicos.
No Brasil, porém, essa ainda é uma realidade distante. Como existe uma carência muito grande por tecnologia no país, o descarte dos aparelhos e o lixo eletrônico não têm a mesma dimensão que possuem nos países ricos.
Segundo Barbara Kux, a Philips estabeleceu como meta gerar 30% do seu faturamento com a venda de "produtos verdes". Isto envolve as três divisões do grupo holandês: iluminação (lâmpadas), saúde (equipamentos médicos) e estilo de vida (aparelhos eletrônicos e de cuidados pessoais). Em 2007, as vendas dos "produtos verdes" cresceram 33%, alcançando 5,3 bilhões de euros, ou o equivalente a 20% do faturamento do grupo.
Alexandre Kadota, executivo da Sony responsável pela gestão ambiental no Brasil, conta que a empresa adotou em 2002 um rígido programa de gerenciamento das substâncias utilizadas no processo de produção e que envolve também os seus fornecedores. A companhia eliminou os metais pesados, como cadmium, mercúrio e chumbo, que era utilizado nas soldas e em pigmentos das resinas plásticas, por exemplo. Nas caixas acústicas, a Sony também substituiu o uso de PVC por outros plásticos menos nocivos ao meio-ambiente.
"O PVC está com seus dias contados", afirma Kadota. Nas embalagens, a empresa também trocou o isopor que protegia as mercadorias por um produto feito de polpa de papelão. "O consumidor geralmente não sabe o que está dentro dos equipamentos", diz Kadota. Mas a pressão dos acionistas para que as empresas mudem a sua forma de agir é cada vez maior. "Ninguém quer investir em uma companhia que prejudique o meio ambiente".

Voltei!

Depois de um período turbulento, volto a registrar algumas notícias da sociedade verde no planeta. Espero ter tempo para continuar o trabalho.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

E dá-lhe sheik!

Extraí direto do JB:
"Emirados Árabes terão cidade sem emissão de CO2
Agência AFP
ABU DHABI - O rico emirado de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, iniciará, em fevereiro, a construção da primeira cidade no mundo desenhada para funcionar com nível zero de emissões de gás carbônico. Na Masdar City - que funcionará exclusivamente com fontes de energia renováveis, como a solar, graças ao sol constante do deserto do emirado - seus aproximandamente 50 mil habitantes vão circular em meios de transporte automáticos."

É impressionante o investimentos que os sheiks estão fazendo em Abu Dhabi. Os Emirados Árabes serão o centro do mundo em muito poucos anos. Basta ver pelas propostas culturais (novos Guggeinhein e Louvre, por exemplo) e empreendimentos imobiliários que estão surgindo naquelas terras. A melhor notícia, é que apesar de tanta ostentação e ouro, eles também pensaram em fontes renováveis de energia.